Confira, em primeira mão, 3 macrotendências para os próximos 2 anos, elaboradas pelo Lab de Tendências da Casa Firjan. Essa é a 8° edição desse documento, que serve para apoiar o desenvolvimento de planejamentos estratégicos, antecipando fatores de risco e novas oportunidades de negócio. 

Nesta palestra, Peter Bishop, referência mundial em foresight estratégico, nos convida a explorar novas formas de pensar e agir diante da complexidade do nosso tempo. Ele mostra como a combinação entre conhecimento, que ancora decisões sólidas no presente, e imaginação, que abre caminhos além do previsível, permite às empresas identificar oportunidades enquanto muitos só veem riscos. O foresight estratégico oferece fundamentos e aplicações práticas para identificar sinais emergentes, explorar cenários e transformar a incerteza em princípio de inovação. 

Neste painel, vamos explorar como os sistemas algorítmicos impactam diferentes corpos e vivências, muitas vezes reproduzindo lógicas de exclusão. A partir de diferentes perspectivas, refletiremos sobre como imaginar tecnologias mais éticas, plurais e verdadeiramente comprometidas com o bem comum. Afinal, quem está sendo escutado quando o futuro é programado?

Mediação: Claudia Rodrigues | Gerente de Diversidade, Saúde Integral e Cidadania Corporativa da Firjan e Palestrante 

A corrida pela liderança tecnológica transforma mercados, governos e relações internacionais. Mas em meio a esse cenário de competição, surgem também janelas de oportunidade: o reposicionamento de países emergentes, a reconfiguração de alianças e o potencial brasileiro para liderar em temas estratégicos como dados, energia e inovação. Neste painel, especialistas em política internacional, tecnologia e relações empresariais discutem como essas dinâmicas podem (re)organizar o futuro e quais caminhos o Brasil pode trilhar para não apenas reagir, mas liderar nesse novo cenário que se aproxima.

Mediação: Giorgio Rossi | Gerente da Firjan Internacional  

Vivemos um momento marcado por crises sobrepostas: climática, geopolítica, tecnológica, social. Como criar visões de futuro que não apenas reconheçam os riscos, mas também ampliem possibilidades de transformação? Nesta palestra, a futurista Clarice Garcia apresenta caminhos para usar o foresight estratégico como ferramenta crítica de imaginação, permitindo não apenas antecipar tendências, mas também cultivar futuros mais positivos. A partir de sua experiência internacional com planejamento de longo prazo, Clarice propõe uma abordagem que conecta pensamento sistêmico, criatividade e ação prática para atravessar a era das policrises com propósito e direção. 

A próxima geração de robôs industriais vai além da precisão: eles serão adaptáveis, inteligentes e profundamente conectados. Máquinas que antes operavam em ambientes rígidos agora aprendem a lidar com a imprevisibilidade do mundo real, respondendo a falhas e variações em tempo real. Impulsionados pela hiper digitalização — integração de dados, plataformas digitais, conectividade massiva e inteligência distribuída —, os robôs se tornarão mais orgânicos, suaves e colaborativos, inaugurando uma indústria mais flexível, sustentável e capaz de reinventar processos e oportunidades. 

Nenhum futuro nasce sem ser antes sonhado. Bastidas nos lembra que a ficção científica cultiva mundos que ainda não existem, mas que já começam a pulsar no imaginário coletivo. Ao deslocar a ficção do campo da representação para o da invenção, ele a transforma em laboratório vivo de utopias sociais e tecnológicas. Mais que um gênero literário, a ficção científica é, para Bastidas, uma literatura do desejo. Um espaço em que a imaginação se torna prática social, capaz de abrir brechas para futuros alternativos.   

Em um mundo atravessado por crises sociais, econômicas e ecológicas, o pensamento crítico vindo do Sul global traz perspectivas urgentes para imaginar outros futuros. O professor e pesquisador Fabricio Pereira (UNIRIO) resgata tradições comunitárias e cosmovisões não ocidentais, como o Bem Viver andino, o ubuntu africano e a Felicidade Interna Bruta do Butão, para questionar os limites da modernidade e propor alternativas baseadas em comunalidade, cooperação e vínculo com a natureza. 

Num mundo em que inteligência artificial, bots e realidades virtuais passam a oferecer amizade, companhia e proximidade emocional, como repensar o que entendemos por vínculo humano? Rob Brooks, biólogo evolucionista e autor de Artificial Intimacy, mostra como tecnologias emergentes estão simulando empatia e emoção — e até explorando vulnerabilidades afetivas — para criar relações artificiais cada vez mais realistas. A partir da biologia da cooperação e do conflito, ele questiona os limites éticos e existenciais dessa nova era de afetos sintéticos: quando a intimidade deixa de ser exclusivamente humana, o que acontece com nossa identidade, nossos relacionamentos e nossa própria noção de humanidade? 

A oficina vai explorar os conceitos de Cidades Humanas, Inteligentes e Sustentáveis, utilizando o Modelo de Maturidade do MCTI alinhado à UIT (União Internacional de Telecomunicações). Em grupos, os participantes aplicarão a metodologia em uma cidade real, propondo soluções práticas para elevar seus níveis de maturidade. O objetivo é criar caminhos de impacto para políticas públicas e melhorar a qualidade de vida da população.